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Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é definido como um registro das informações de saúde de um indivíduo de maneira padronizada e digital. É um meio virtual onde todas as informações de saúde, clínicas e administrativas estão armazenadas ao longo da vida. Assim, deve ser entendido como sendo a estrutura eletrônica para manutenção de informação sobre o estado de saúde e o cuidado recebido por um indivíduo durante todo seu tempo de vida.

A implementação de um prontuário eletrônico em qualquer instituição não é uma coisa simples. Muito pelo contrário, por mais intuitivo e fácil que seja a ferramenta, envolve mudança de comportamento e processos de uma instituição(de qualquer porte) e precisa de treinamento e motivação de vários profissionais em diversos níveis de atuação e formação.

Por isso antes de você iniciar o processo de conscientização e convencimento de sua equipe (esse sim é o maior desafio!) tenha respostas formadas antes de perguntar para todos: Quem se beneficia com a implementação do PEP?

O PACIENTE

O indivíduo tem o direito e deve ter disponível suas informações de saúde para facilitar a evolução de seus tratamentos. Com essa tecnologia, o paciente passa a ter mais segurança para checar sobre a continuidade ou não do medicamento, sem depender de sua memória. Além disso, os dados podem ficar disponíveis a outros profissionais, como cuidadores e enfermeiros em alguns casos. Com um histórico mais completo e detalhado, a decisão em saúde se tornará mais qualificada, eficiente e com um menor índice de erro. Além disso, atualmente, existem diversas plataformas e sistemas que conectam alguns dispositivos usáveis e alimentam ativamente essas informações para que exista um melhor acompanhamento e evolução de tratamentos.

OS PROFISSIONAIS

O profissional usuário é capaz de entrar e recuperar dados rapidamente, agilizando diagnósticos e a tomada de decisão. Facilita suas atividades através do acesso ao histórico ou situação clínica do paciente. Melhora de forma significativa a comunicação e amplia a possibilidade de atuação entre equipes multiprofissionais. Melhora o fluxo de trabalho, aumenta a eficiência e efetividade. Melhora a documentação dando mais clareza e legibilidade aos registros.

Além disso podem ser destacados o acesso rápido aos problemas de saúde e intervenções atuais, acesso a conhecimento científico atualizado com consequente melhoria do processo de tomada de decisão, melhoria de efetividade do cuidado, o que por certo contribui para obtenção de melhores resultados dos tratamentos realizados e no próprio ato do atendimento humanizado aos pacientes.

A INSTITUIÇÃO DE SAÚDE 

Na maioria das vezes o cuidado da saúde de um indivíduo inclui o envolvimento e a participação de uma variedade de profissionais e em diferentes locais. Para realização destas atividades, são necessárias múltiplas informações de diferentes fontes, que vão garantir a continuidade do processo de cuidado.

São fontes diferentes de dados, gerando consequentemente uma grande variedade de informações. Tais dados precisam ser organizados de modo a produzir um contexto que servirá de apoio para tomada de decisão sobre o tipo de tratamento ao qual o paciente deverá ser submetido, orientando todo o processo de atendimento à saúde de um indivíduo ou de uma população. Vale ressaltar que o dado clínico é muito heterogêneo para ser introduzido em sistemas tradicionais de informação.

O PEP fornece uma fonte de informação clínica e administrativa para tomada de decisão e meio de comunicação compartilhado entre todos os profissionais, fornece registro legal das ações médicas, apoia a pesquisa (estudos clínicos, epidemiológicos, avaliação da qualidade), promove o ensino e gerenciamento dos serviços, fornecendo dados para cobranças e reembolso, autorização dos seguros, suporte para aspectos organizacionais e gerenciamento do custo.

A SAÚDE PÚBLICA

Um novo modelo de atendimento à saúde tem sido amplamente discutido para que uma vez coletada a informação clínica e administrativa de pacientes individuais, ela seja registrada em um determinado formato para fins de armazenamento e tal registro passe a ser fisicamente distribuído entre os hospitais, agências de seguro-saúde, clínicas, laboratórios e demais setores envolvidos, sendo compartilhado entre os profissionais de saúde, de acordo com os direitos de acesso de cada um.

Além de integração, o PEP deverá possuir interoperabilidade, que é a habilidade de dois ou mais sistemas computacionais trocarem informações, de modo que a informação trocada possa ser utilizada. Os modernos sistemas de informação em saúde devem ser construídos de forma a apoiar o processo local de atendimento, sendo portanto orientados aos processos, apoiando o trabalho diário e fornecendo comunicação dentro e fora da instituição, tendo uma estrutura comum.

Deve existir um único registro por paciente que atenda as novas demandas de acompanhamento da produção, do custo, da qualidade e estimule a prática de equipe interdisciplinar, colaborativa, conduzida por uma organização horizontal. Não existe um profissional que seja mais importante que outro, uma vez que todos colaboram para que o paciente se restabeleça. Essa informação coletada, em alguns países, já alimentam um enorme banco de dados onde informações são avaliadas e guiam tomadas de decisão e investimentos em saúde importantes para toda a população.

E você? Já tem usado alguma solução de integração semelhante para gestão dos dados dos seus pacientes? Compartilhe sua história!

 

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