As redes Wi-Fi, que funcionam sem a necessidade de fios, estão cada vez mais comuns. Os equipamentos para construir esse tipo de rede estão com preços bem acessíveis, não é difícil configurá-los e muitas operadoras de telefonia já disponibilizam esses aparelhos como rotina. Notebooks, netbooks, smartphones e até tocadores digitais, como o iPod touch, possuem conectividade Wi-Fi. Às vezes a comodidade é tanta que preocupações com segurança nem passam pela cabeça do usuário. No consultório não é diferente, mas como lidamos com muitas informações sigilosas temos a obrigação de tomar alguns cuidados básicos.
Em uma rede com fios, a conexão está, no mínimo, limitada aos computadores que estão cabeados na mesma rede. Dependendo do tipo de equipamento usado na rede, pode ser até mesmo que nenhum outro computador além do seu tenha acesso aos dados que estão trafegando pelos fios. Isso é bem diferente de uma rede Wi-Fi. Quando não há fios, nenhum equipamento sabe exatamente onde está o outro. Os dados não são enviados diretamente ao destino. Em outra palavras, todas as senhas, mensagens e dados da conexão estão “no ar”.
Em uma rede pública, que pode ser acessada por qualquer um, a implicância disso é gravíssima. Se a rede for configurada de forma inadequada, qualquer pessoa pode capturar o que está sendo transmitido. Infelizmente, essa configuração inadequada é muito comum, especialmente em locais pequenos em que nem compensa configurar uma rede sem fio com as ferramentas que tornam seguro seu uso.
Se você pretende disponibilizar o acesso a seus pacientes (rede de visitantes) tenha o cuidado de configurar uma rede independente. Alguns aparelhos criam “acessos separados” de sua rede profissional. Isso é importante para que o visitante não “veja” os computadores e arquivos compartilhados.
Redes Wi-Fi são cômodas e facílimas de configurar. No entanto, a segurança não pode ser deixada de lado. Abaixo, confira uma “lista prática” de coisas a fazer para tornar sua rede protegida contra abusos e ataques.
1) Mude a senha padrão do access point ou roteador Wi-Fi.
Uma senha padrão é o mesmo que não ter senha!
Existem códigos maliciosos que alteram a configuração dos equipamentos de rede para redirecionar websites. Alterando a senha padrão do equipamento, você garante que ninguém terá acesso fácil às configurações do modem.
2) Configure autenticação WPA ou WPA2.
Com essa opção, sua rede sem fio estará protegida com uma senha que, além de restringir o acesso, também protege a comunicação. Procure uma senha longa, com no mínimo 20 caracteres – acima de 40 é recomendado. Como essa senha tem o objetivo de impedir especialmente que vizinhos e espertinhos acessem sua rede, você terá de digitar a senha apenas uma vez nos seus computadores. O WPA2 é melhor que o WPA comum, porém só está disponível em Windows Vista e Windows XP SP3. Não use WEP!
3) Mude o SSID do Wi-Fi.
SSID é o “nome” da rede. Pode não parecer importante mudar isso, exceto por um detalhe: o SSID contribui para a segurança da autenticação da rede no WPA. Existem diversas tabelas de senhas já quebradas em SSIDs configurados de fábrica. Modificar o SSID para algo personalizado garante que essas tabelas sejam inutilizadas.
4) Acione o filtro MAC (Opcional).
O MAC é o endereço físico de uma placa de rede. Não é único para cada placa, mas é quase. O filtro MAC garante que somente computadores autorizados acessarão a rede. É um passo a mais para configuração, e indesejado se muitos computadores diferentes e aleatórios usarão a rede. Mas é ótimo se você tem um número fixo de computadores – por exemplo, você montou a rede sem fio para conectar computadores de mesa, ou usará somente um ou dois notebooks.
Configure seu roteador Wi-Fi para usar WPA – preferencialmente WPA2. Atualmente, WEP não é mais suficiente.
Todos os equipamentos Wi-Fi modernos têm capacidade para esses recursos. Se o equipamento tiver apenas suporte à criptografia WEP, por exemplo, vale a pena trocar por algo mais novo – o WEP ainda deixará a rede vulnerável.
Como realizar cada uma dessas configurações você pode descobrir no manual do seu equipamento ou por meio de consultas na internet. Na maioria das vezes, será preciso apenas acessar o painel de administração do dispositivo e alterar os valores nos formulários.
FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia
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